O plano era ambicioso: depois de um voo noturno de 7 horas desde Lisboa, em vez de seguirmos para Singapura duas ou três horas depois, porque não alargar a escala e aproveitar para visitar a cidade durante todo o dia? Era esticar a corda, mas a hipótese de conhecer a cidade maluca construída no deserto era única. E, para prevenir o efeito dos 41ºC na pele, tinha contratado uma guia brasileira recomendada noutro blogue.

Aterrámos no Dubai às 8 da manhã, saímos com a bagagem de mão (comidas e fatos de banho) e esperámos no café Costa, como combinado. Passaram 10, 20, 30 minutos da hora marcada. Fui enviando mensagens à guia por Instagram, Facebook, Whatsapp, tentei ligar… nada. Procurámos alternativas no aeroporto. Contratar um táxi por várias horas ia ser cobrado com taxímetro e o trânsito era difícil. Disseram-nos que o metro era a melhor solução. E o calor?, suspirei. Bem, vamos lá!



O certo é que durante 2 ou 3 horas o ar condicionado não nos largou: na espera e nas carruagens do metro; nos túneis de ligação entre os prédios (onde passámos junto ao Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo); e no Dubai Mall, o maior centro comercial do mundo, onde fomos parar. O shopping é realmente incrível: tem um aquário gigante, que vimos de fora; tem todas as lojas internacionais e outras locais com muito bom aspeto; tem até uma Zippy e uma Sacoor! Aproveitámos para um almoço rápido de sandes e quiches. Pelo meio, a guia finalmente respondeu: tinha morrido o pai e ido de urgência para o Brasil.









Mas também queríamos sair da “bolha” e ir até ao mar. Ver as ilhas em forma de palmeira, ou o hotel de 7 estrelas. Ou então dar um mergulho no Índico… praia é sempre bom. Seguimos no metro até perto da praia de Jumeirah, que nos tinham sugerido. Era só fazermos 10 minutos a pé e estávamos lá. Mas foram 10 minutos muuuuuito longos e molhados… Chiça, que aquilo é outro nível de calor! E já com a praia à vista, umas turistas bifas alertam-nos: olhem que não vão refrescar no mar, é super quente!


Ui… e agora? Uma miragem surgiu aos nossos olhos: um micro-parque aquático para crianças, com meia dúzia de repuxos pífios e escorregas menores que os do infantário. Perfeito! Seguimos sem pestanejar, pagámos o que nos pediram e passámos duas horas de pura diversão com os miúdos (e meia dúzia de outras crianças árabes, com mães de véu e babás filipinas). Os adultos ainda demos um mergulho no mar e realmente era demasiado quente (32ºC, vi depois).




Depois de uma regresso de metro mais longo do que esperávamos, um sprint final até ao controlo de segurança do aeroporto. Apanhámos o avião às 21h15, para mais 7 horas de voo. A Luísa e o Manel dormiram da descolagem à aterragem, sem sequer acordar para comer.
