Quando, antes da viagem, mostrámos aos amigos a ilustração que encabeça este blogue, muitos questionaram: “pinguins na América do Sul?!” É verdade que não é a primeira imagem que associamos a este continente de um imaginário mais tropical, mas foi precisamente para mostrar essa diversidade que quisemos pôr o simpático animal junto dos nossos avatares. Sim, há muitos pinguins na América do Sul.
Se ontem vimos baleias a escassas dezenas de metros, hoje foi dia de estarmos a um passo dos pinguins. Aproveitámos o carro alugado para percorrer os 180 quilómetros que separam Puerto Madryn da reserva de Punta Tombo, mais a sul. É a maior reserva de pinguins de Magalhães do mundo, estimando-se por ali um milhão de exemplares. A temporada de reprodução começa em Setembro, por isso viemos na altura certa! Lá para Novembro nascem as crias, que são cuidadas pelos pais nos primeiros meses, para no início do novo ano se fazerem ao mar, rumo a novas paragens.
O passeio pela reserva faz-se por um caminho delimitado com quilómetro e meio, em que devemos manter sempre a distância mínima de um metro dos pinguins. De vez em quando, eles atravessam-se no nosso caminho e quase parece que vêm atrás de nós. A Maria e a Luísa apanharam dois casais de pinguins em plena actividade; eu vi um pinguim atrevido a tentar invadir um ninho já ocupado por um casal, e a ser expulso à bicada pelo macho.
Aqui ficam as fotografias que documentam a nossa expedição National Geographic:
Para acabar o dia, fomos até à vila de Gaiman, conhecida por ter uma forte influência da imigração galesa. Por ser já de noite, não apanhámos nenhuma das tradicionais casas de chá aberta, pelo que nos ficámos por esta fotografia com a bandeira e fomos comer uma pizza.

Informações úteis:
– Reserva de Punta Tombo: entrada 250 ARS (até aos 5 anos não pagam). Aberta 8-18h.